Amamentação

Faça a amamentação ficar mais confortável

Com o tempo, você e o bebê tornam-se confortáveis com o aleitamento, mas alguns problemas podem surgir esporadicamente. Aqui estão algumas dicas para você se manter saudável e feliz:


Abundância de leite. Dois dias no máximo após o parto, seu leite começa a ser produzido abundantemente. Para algumas mulheres, este processo pode ser doloroso - e dificultar as coisas para os bebês. O ideal é você massagear gentilmente a parte superior dos seios, usar compressas quentes, deixar a água do banho quente escorrer sobre o seio e, naturalmente, amamentar com freqüência.


Bicos do peito doloridos. Se seus bicos estão rachados ou muito sensíveis, pergunte ao seu médico sobre o que usar para aliviar a dor. Lave os bicos do peito apenas com água, não use sabão, álcool ou qualquer outra substância abrasiva. Deixar leite nos bicos para que ele seque naturalmente também evita o ressecamento dos mamilos.


Leite empedrado. Quando uma das vias de passagem do leite entupir (e conseqüentemente inflamar), você irá sentir uma sensibilidade maior no local que vai ficar inchado - "empedrado" como se diz. Compressas quentes ajudam, assim como banhos e o uso de um sutiã mais folgado por alguns dias. Assim que o local estiver aquecido, ajude a descida do leite apertando o seio com as pontas dos dedos em direção à aréola mamária. A amamentação freqüente é o caminho para evitar e se livrar deste incômodo. Se o problema persistir, consulte seu médico.


Redução da produção de leite. Assim como muito descanso e vasta ingestão de líquidos ajudam na produção de leite, o cansaço pode reduzi-lo. Preste atenção à quantidade de leite que você está produzindo. Se notar uma redução, tente não se estressar e beba mais líquidos.


Cuidados com o umbigo

O coto umbilical cai entre o quinto e o décimo-quinto dia de vida do recém nascido. Os cuidados que se deve ter com ele são simples - e indolores.


Para facilitar a queda e evitar qualquer tipo de infecção, é necessário manter o coto umbilical limpo e seco. Após o banho do bebê, use uma gaze estéril para secar bem a base do coto. Em seguida, embeba em álcool 70% outro pedaço de gaze e pingue algumas gotas sobre o coto e em sua base. Isto deve ser repetido a cada troca de fralda. Enquanto o coto não cair, dobre a fralda para que ela não cubra o umbigo do bebê , é preciso deixá-lo livre. Quando mais exposto e seco ele estiver, mais rápido irá cair.


O coto umbilical vai desidratando da ponta para a base. Próximo à queda, a base do coto fica mais úmida, e quando você limpar, perceberá uma secreção - que é absolutamente normal.


Após a queda do coto, por cerca de dois ou três dias, limpe o umbigo do bebê com uma haste de algodão embebido em álcool 70%.


É importante observar a pele em volta da base do coto umbilical, pois se houver alguma vermelhidão, pele quente, ou mau cheiro, o pediatra deve ser avisado imediatamente.



Cuidados no banho

O ideal antes de o bebê conseguir se sentar sem apoio é banhá-lo numa banheirinha plástica. Mais tarde ele estará apto a tomar banho numa banheira comum. Em ambos os casos alguns cuidados devem ser observados:


  • Encha a banheira com um pouco de água morna. Teste a temperatura.
  • No caso de banheira comum, fique ajoelhada ao lado dela, para poder segurar o bebê com firmeza.
  • Lembre-se de que a quantidade de água não deve cobrir as orelhas do bebê.
  • Deite o bebê na banheira comum, sobre um tapete de borracha (para não escorregar), com a cabeça e os ombros sobre seu braço, e as orelhas fora d'água.
  • Ensaboe a sua mão livre e passe-a sobre o corpo do bebê.
  • Enxágüe o bebê jogando água cuidadosamente sobre o corpo dele.
  • Para tirar o bebê da banheira, pegue-o pelas axilas com muito cuidado, pois ele estará escorregadio.

Procure brinquedos de plástico ou de borracha que possam ser molhados e que bóiem para pôr na banheira. Um baldinho pode ajudar na hora de jogar água no cabelo do neném. Não jogue água no rosto dele, pois ele pode não gostar.


Para um banho seguro:


  • Remova qualquer coisa que possa ser perigosa (lâminas de barbear, xampu, sabonete adulto, etc).
  • Banheiras comuns são largas e escorregadias, portanto, nunca deixe seu bebê sozinho durante o banho.
  • Quando ele estiver maiorzinho, não deixe que ele tente alcançar objetos que estão fora da banheira, pois ele pode escorregar.
  • Nunca deixe seu filho de pé na banheira comum, mesmo que ele consiga equilibrar-se bem e você use um tapete de borracha.

Está chegando a hora, o que levar para o hospital.


O que levar para o hospital


Faça a malinha do bebê alguns dias antes da data marcada pelo seu médico como a provável para o nascimento. Verifique com calma se está levando tudo certo para evitar surpresas. Pense em três dias de hospital (prazo máximo no caso de cesariana), com o bebê fazendo duas trocas de roupa por dia. Preste atenção nas quantidades:


Para o bebê


  • 6 conjuntos de pagão
  • 3 macacões de malha de algodão, de linha ou de lã conforme a estação.
  • 6 pares de meias
  • 2 gorrinhos, 2 luvas e 2 sapatinhos de lã
  • 2 mantas de linha
  • 4 cueiros de flanela
  • 3 pacotes de fraldas descartáveis.
  • 2 toalhas-fralda
  • 1 saída de maternidade
  • produtos de higiene para o bebê ( sabonete neutro, pomada contra assaduras, lenços umedecidos )

Para a mamãe

  • robe
  • camisolas (com abertura para facilitar a amamentação)
  • toalha de banho
  • chinelo
  • roupas íntimas (não esqueça dos sutiãs especiais para amamentação)
  • produtos de higiene pessoal
  • Cinta pós-parto

Muitas vezes, você não sabe porque o bebê está chorando. Ele está quentinho, bem alimentado e com a fralda trocada, mas o choro continua. Veja abaixo algumas das possíveis causas da irritação do bebê:


- Assaduras. Pode ser que o bebê esteja assado, e incomodado por causa disso. O que você deve fazer é tirar a fralda pelo resto do dia, para aliviá-lo. E para que as assaduras não se repitam:


  • Troque as fraldas com freqüência.
  • Limpe e seque bem o bebê, em especial as dobrinhas da virilha.
  • Use um creme protetor.
  • Se usar calças plásticas, prefira as de botões de pressão, que permitem a circulação do ar.
  • Lave e enxágüe muito bem as fraldas.

- Cólicas. O neném pode estar sentindo dor. A cólica caracteriza-se por crises de choro regulares, intensas e inconsoláveis, que ocorrem em uma determinada hora todo dia, podendo durar até três horas. Ela começa quando o bebê está na terceira semana de vida, e continua até a décima-quarta semana, aproximadamente. A cólica não é perigosa, mas você pode buscar auxílio médico na primeira vez que o bebê chorar sem consolo.


Além disso, você deve aprender a conviver com a cólica de seu filho. Ele não está doente, e a sensação incômoda logo vai embora se você ajudá-lo:


  • Faça movimentos com ele, como andar pela casa, oferecer mamadas, acariciar sua cabecinha ou esfregar a barriga. Tudo isso pode trazer alívio.
  • Não dê remédios ou chazinhos se o médico não os recomenda. Você não vai conseguir curar a cólica (ela vai voltar no dia seguinte), portanto, pode estar dando grandes doses de medicamento que não vão adiantar muito.
  • Não se estresse, porque o bebê vai perceber que você está nervosa. Se você achar que a cólica de seu filho te deixa mais aflita do que a própria criança, deixe o pai ou a vovó com o bebê por uns momentos e tente relaxar.

- Clima. Assim como o calor ou frio excessivo nos deixam irritados, o ambiente pode afetar o bebê. Preste atenção à temperatura. Se está frio, agasalhe o neném muito bem, e mantenha portas e janelas fechadas, se necessário, ligue o aquecedor, mas cuidado para não fazer o ambiente quente demais - o ideal é entre 25 e 30 graus. Da mesma forma, se o calor for muito, tire algumas das roupas da criança e tente manter o ambiente fresco e arejado. Se o neném estiver muito suado, dê um ou mais banhos para refrescá-lo. Fique atenta também à iluminação. Luzes muito fortes também podem incomodar o bebê. Apague as lâmpadas ou vede a luz do sol.


- Agitação. Às vezes, agitação demais faz um bebê choroso ficar ainda mais irritado. Passá-lo de mão em mão, trocar as fraldas sem haver necessidade, dar mais uma mamada, ficar ansiosa com o choro da criança, todas essas coisas podem fazer o bebê ficar ainda mais agitado. Se não houver nenhum motivo óbvio para o choro, relaxe e não fique tentando encontrar um: provavelmente o que ele está querendo é um colinho.


Trocando as fraldas


Durante as primeiras semanas de seu bebê são necessárias muitas trocas de fralda, pois ele urina freqüentemente. A cada vez que se nota que a fralda está molhada ou suja, é necessário trocá-la, para manter o bebê sempre limpinho e evitar assaduras. Para que tudo seja mais prático, mantenha tudo o que precisa no mesmo lugar. Com o passar do tempo, você vai perceber que as trocas de fraldas, assim como as mamadas, são cada vez menos freqüentes. A partir dos dois anos, aproximadamente, a criança começa a reconhecer a sensação de que a bexiga está cheia, o que quer dizer que está chegando a hora de parar de usar fraldas.

Para o bebê, não importa se as fraldas são descartáveis ou de pano, apenas que sejam confortáveis. Você pode mesclar o uso das duas opções, em casa, mantendo o bebê em fraldas de pano e ao sair, ou viajar, usar as descartáveis. Lembrando sempre que as fraldas de pano necessitam de calças plásticas sobre elas, para maior proteção.


Como trocar as fraldas:


  • Coloque o bebê deitado de barriga para cima na cama (forrada, para não sujar), ou no trocador, e abra a fralda.
  • Remova o excesso das fezes com lenços de papel umedecidos ou algodão com água fervida (não quente).
  • Erga as pernas da criança e dobre a fralda embaixo dela, antes de retirá-la.
  • Limpe a criança muito bem com lenços umedecidos. Depois, umedeça um chumaço de algodão com água ou loção e limpe a barriga até o umbigo.
  • Com outro chumaço de algodão umedecido, limpe todas as dobrinhas da parte de cima e das coxas, passando o algodão de cima para baixo. Em seguida, usando um terceiro chumaço, levante as pernas da criança e limpe a área genital, cuidadosamente.
  • Espere um pouquinho, para a criança secar, antes de colocar a fralda limpa.
  • Coloque a nova fralda, com cuidado para que ela fique bem ajustada na cintura do bebê, com no máximo um dedo de folga.

Calendário básico de Vacinação da Criança (por idade)
Idade Vacinas Doses Doenças evitadas
Ao nascer BCG - ID dose única Formas graves de tuberculose
Vacina contra hepatite B (1) 1ª dose Hepatite B
1 mês Vacina contra hepatite B 2ª dose Hepatite B
2 meses VOP (vacina oral contra pólio) 1ª dose Poliomielite ou paralisia infantil
Vacina tetravalente (DTP + Hib) (2) 1ª dose Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b
4 meses  VOP (vacina oral contra pólio) 2ª dose Poliomielite ou paralisia infantil
Vacina tetravalente (DTP + Hib) 2ª dose Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b
6 meses  VOP (vacina oral contra pólio) 3ª dose Poliomielite ou paralisia infantil
Vacina tetravalente (DTP + Hib) 3ª dose Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b
Vacina contra hepatite B 3ª dose Hepatite B
9 meses  Vacina contra febre amarela (3) dose única Febre amarela
12 meses SRC (tríplice viral) dose única Sarampo, rubéola e caxumba
15 meses VOP (vacina oral contra pólio) reforço Poliomielite ou paralisia infantil
DTP (tríplice bacteriana) 1º reforço Difteria, tétano e coqueluche
4 - 6 anos DTP (tríplice bacteriana 2º reforço Difteria, tétano e coqueluche
SRC (tríplice viral) reforço Sarampo, rubéola e caxumba
6 a 10 anos BCG - ID (4) reforço Formas graves de tuberculose
10 anos Vacina contra febre amarela reforço Febre amarela

(1) A primeira dose da vacina contra a hepatite B deve ser administrada na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida do recém-nascido. O esquema básico se constitui de 03 (três) doses, com intervalos de 30 dias da primeira para a segunda dose e 180 dias da primeira para a terceira dose.


(2) O esquema de vacinação atual é feito aos 2, 4 e 6 meses de idade com a vacina Tetravalente e dois reforços com a Tríplice Bacteriana (DTP). O primeiro reforço aos 15 meses e o segundo entre 4 e 6 anos.


(3) A vacina contra Febre Amarela está indicada para crianças a partir dos 09 meses de idade, que residem ou que irão viajar para área endêmica (estados: AP, TO, MA MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF), área de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG). Se viajar para áreas de risco, vacinar contra Febre Amarela 10 (dez) dias antes da viagem.


(4) Em alguns estados, esta dose não foi implantada. Aguardando conclusão de estudos referentes a efetividade da dose de reforço.


Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde



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